sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Vida de Maria - Capítulo 6

Maria está à mesa tomando café, quando um dos empregados entrega-lhe um envelope.
Termina rapidamente de comer sua fruta, vai até o quarto, ao abrir percebe que é a primeira cartinha de amor que recebera na vida, cartinha de Edu, com o seguinte texto:
"Beijo maravilhoso, mal consegui dormir pensando em repeti-lo. Maria és bela, és linda, és uma mulher especial e quero vê-la fora dos olhos de nossos pais, quero encontrá-la a sós. A sós... e repetiremos esses beijos uma porção de vezes. Quero tocar seu corpo. Maria desculpe, desculpe, mas, só penso nisso, não consigo parar de pensar nisso. Não mostre esse bilhete a seus pais, guardemos segredo de nossas vontades. Estou a esperar por uma resposta, sei, sei, que é difícil (quase impossível sairmos para qualquer lugar, mas, mas, podemos subornar nossos motoristas, já li isso num daqueles livros "proibidos" e na história deu certo. Conosco deve dar certo também!
Agora, aguardo uma resposta. Lacre a carta antes de mandar, (minha mãe é um pouco atrevida).
Até o nosso grande encontro Maria!
De seu Eduardo Montevidel
Maria meio atordoada continuara a refletir sobre esse grande atrevimento, e começara a pensar como fazer para encontrar Edu em um outro ambiente, ela também queria viver emoções e o moço demonstrara rapidamente ser exatamente da maneira que ela esperava. "Tocar meu corpo", "Tocar meu corpo" ora essa! ora essa! danadinho! Olhara-se no espelho e seu corpo já parecia ser outro corpo, um corpo mais malicioso, menos ingênuo, um corpo atraente e loucamente excitado. Foi ao banheiro, lavou o rosto e ao ouvir o grito de sua mãe a avisar que estava bem atrasada, desceu imediatamente.
Ao entrar no carro observou Antonio, o motorista, estava a trabalhar com a família muito antes dela nascer e isso amedrontava, pois, era homem bom de confiança. Preciso pensar, preciso pensar!

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