quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Chove lá fora. Chove aqui dentro. Não, não são somente goteiras.
É uma enxurrada composta do extremo.
Dizem que chorar é lavar a alma.
Sei não...
Sei sim: é dito consensual!
Que numa chuva dessas se pudesse lavar a alma. Sim lavar mesmo...com direito a deixar de molho na cândida... finalizar com confort e após tudo isso estender num possível varal e que ao lado dessa alma um tanto quanto suja estivessem outras nos prendedores e que reluzissem ao som da chuva depois do sol. E que enquanto secasse se preocupasse com seu dono e comentasse que o seu desejo era que o seu proprio corpo logo viesse buscá-la. Por que alma sem corpo é o quê? E corpo sem alma? E se o corpo voltasse e recolhesse uma outra alma por engano?
Como é que se reconhece a própria alma?