terça-feira, 28 de abril de 2009

Escritor 3...

Acorda durante a madrugada.
Idéias!
Pega uma caneta...um papel!
Escreve...mas...
Parece que a ideia do pensamento era mais interessante.
Frustra-se...Joga os papéis amassados na lixeira...
Tenta retomar a idéia original...mas... é em vão!
A cada nova tentativa de reescrevê-la outras e outras coisas se acrescentam.
Um escritor...
Dizer coisas...escrever coisas!
Amar o que se escreve e dali poucos dias... odiar!
Criticidade à flor da pele.
Intencionalidade...
Vontade...
Escrita...
Tudo na vida...
Vira escrita!
A fala vira texto!
O cotidiano vira rima!
A tragédia vira conto!
A felicidade, poesia!!!
Escrever...reescrever...escrever...apagar!
Apagar de novo!
Escrever...montar...desmontar...
Voltar a estaca zero!
Escrever um montão!
Prolixo...e dali para o lixo!
E do lixo...o que resta?
Rascunho...
Do rascunho que fica?
Papéis amassados na lixeira.
Ideias incorporadas...
Ideias...
Ideias...

Escritor 2...

Fica um pouco do montão que escrevi...
Fica trechos de uma idéia fragmentada...
Fica a poesia morta numa tarde...
Fica a vivacidade da escrita numa noite...
numa manhã...
No final de tudo...fica o resumo!
Da defesa de uma tese...
E o que resta afinal???
A vontade de ser eternamente...
Um escritor!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Escritor

Um escritor...
Digo coisas...escrevo coisas!
Amo o que escrevo e dali poucos dias...posso odiar!
Criticidade à flor da pele.
Intencionalidade...
Vontade...
Escrita...
Tudo na vida...para mim...
Vira escrita!
A fala vira texto!
O cotidiano vira rima!
A tragédia vira conto!
A felicidade, poesia!!!
Escrevo...reescrevo...escrevo...apago!
Apago de novo!
Escrevo...monto...desmonto...
Volto a estaca zero!
Escrevo um montão!
Prolixo...e dali para o lixo!
E do lixo...o que resta?
Rascunho...
Do rascunho que fica?
Fica um pouco do montão que escrevi...Fica trechos de uma idéia fragmentada...fica a poesia morta numa tarde...fica a vivacidade da escrita numa noite...numa manhã...
No final de tudo...fica o resumo!
Da defesa de uma tese...
E o que resta afinal???
A vontade de ser eternamente...
Um escritor!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Surto!

No fim da tarde lá estávamos:
Elas e eu!
Divagavamos sobre tantas e tantas coisas.
Disseram-me que era caso de terapia.
Pode ser!
Depois que realmente estava bem perto de surtar.
Pode ser!
Disseram-me claramente que não precisava sofrer à toa, chorar à toa, discutir à toa e nem falar à toa.
Pode ser!
Concordo com elas...discordo de mim!
Mas, no final, da tarde....
Estávamos, elas e eu!
Elas é que me deixam paranóica, eu, bem tentei argumentar.
Elas que me mostram muitas coisas.
Elas, elas não param de falar.
Eu ouço, ouço tudo e tento não levar as coisas que me falam tão a sério.
Fim de noite, começo da madrugada, lá estávamos, elas e eu.
Ainda tentam dizer-me coisas. Quero dormir. Não quero saber!
Apresentam-me a roupa da moda, o problema do meu pai, o ciúme do meu amado, as contas a serem pagas, um texto criativo, a bela letra de uma música, canto, canto e quero dormir.
Contam carneirinhos comigo e já passamos de novecentos.
Amanheceu, lá estávamos, elas e eu!
Levantei-me cedo e passaram-me todos os compromissos do dia. Já está no fim da tarde e continuamos juntas, elas e eu!
Deve ser verdade...devo precisar de terapia...devo estar a um passo do surto...devo enlouquecer...
Concordo comigo...discordo delas!
Elas falam à toa, cantam à toa, mostram-me problemas à toa, contam carneirinhos à toa. Elas são gênios! São neuróticas! São loucas! São boas! São más!
Acho que vou livrar-me delas...agora!
...Sentada na cadeira do consultório. A mocinha de branco chama meu nome, levanto-me. Ela orienta-me até a sala do médico. Lá estamos nós: elas, ele e eu!
- Diga-me mocinha, o que há?
- Doutor...são elas!
- Elas, quem?
- Elas Dr. Elas. Elas estão aqui...aqui comigo não as vê?
- Comece do zero!
- Ok...
- Dr. elas estão comigo dia e noite, noite e dia. Não me deixam dormir...Falam demais...demais da conta...O repertório é grande. Meu Deus!
- Falam de tudo...tudo...tudo...tudoooooo. Não consigo dormir.
- Mocinha, quem são elas? De onde vem?
- Vem daqui Dr. da minha cabeça. Elas moram aqui,dentro de mim. São bagunceiras, não são inquilinas comportadas. Elas me fazem bem, também fazem mal...ai Dr. resolva isso para mim?
- Sei mocinha....você ouve vozes, não é isso?
- Sim...Dr...sim...é isso mesmo!!!
- Vou lhe receitar uns remédinhos...isso vai passar... não ouvirá mais as vozes...vai lhe ajudar a dormir...a desestressar... Passe na recepção e pegue as amostras grátis com a recepcionista.
- Obrigada Dr.! Obrigada!
A moça da recepção entrega-me quatro caixas da medicação. E olha-me de forma esquisita. Meu Deus...vejo que são de tarja preta! Li o nome. Fluoxetina!!!!
Mas, e as vozes?
Lembrei-me do que o médico disse: "Não ouvirá mais as vozes" e essas... revoltadas diziam-me todas de uma só vez:
- Jogue isso no lixo...jogue no lixo...jogue no lixo.
Joguei.
As vozes estão aqui numa barulheira de dar medo. E à noite? À noite... contaremos mais de mil carneirinhos. Quem?
Elas e eu!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

ops!

Parei!
Parei um pouco!
Não disse nada!
Não escrevi nada!
Parei mesmo!
Parei um pouco!
O pouco foi muito, pois, ficar parada!
Parada!
Parada de vez!
Não dá!
Enferrujei meu cérebro!
Ofusquei minhas ideias!
Voltei!
Voltei...aos poucos!
Mas...
Eis me aqui!