sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

É o fim!


Mais um ano que chega ao fim.
E o que fizemos, dissemos e pensamos já ficou para trás.
Bom seria se assim o fosse.
A ressaca embriaga minhas ideias. Confunde-as tanto que é em vão tentar finalizar um raciocínio.
Finaliza-se o ano e eu já não sei de mim. Há dias as bebedeiras levam-me pouco a pouco. Há risos, euforia e uma ilusória alegria. Momentânia alegria. E a vida é assim mesmo vai se fazendo de momentinhos instantâneos. Fim de ano tem as tais resoluções para o ano que chega. Tem o retrospecto daquele que se foi. Fim de ano tem Papai Noel, consumo e mercado. O meu presente não foi deixado na meia, nem na janela, nem na árvore. Há quem diga que o "bom velhinho" de 2010 não foi tão bom e generoso. Sei não! Há pobres sorrindo com o "Minha Casa Minha Vida" e tantos outros benefícios do atual governo. Talvez, Papai Noel , de fato tenha sido menos generoso, daí que o Lula foi bastante e basta. Redundante! Impactante! Ressacas de pensamentos diversos. Recorre-nos no ultimo dia do ano essa vontade de refletir sobre.
Sobre o quê?
Tudo.
Dos momentinhos instantâneos, da queda do dólar, dos programas do governo que beneficiaram pobres, das conquistas, quedas, machucados. Feridas? Não há nenhuma. Algumas cicatrizes é bem verdade. E nem sei por quê a preocupação com o dólar...não o tenho...nem nunca o tive. E a preocupação com os pobres? Isso é uma realidade muito distante dos meus momentinhos. Preocupação com o "Minha Casa, Minha Vida"? Talvez nesse caso seja apenas para com o nome do programa: poético, profundo! E o Lula?
Finda também. Mas, tudo bem. Vem Dilma!
Filma?
A memória filma tudo agora. Há muitos registros. São lembranças desses 12 meses abordados. E saudade desse ano já findado. Tudo bem. Pelo menos não são feridas, cicatrizes, nem porradas. São ideias que não finalizam nesse dia. São talvez preocupações. Mas, para que se preocupar? Agora é finito. Amanhã será um novo ano. Nova história. Nova rota. Eu sigo adiante sem saber sequer de um instante desse novo apresentado. Sei de mim, de minha história, minha vida, minha casa, meu dólar que talvez se achegue, a politica que talvez engrene, a pobreza de mim ...sim! de mim que agora reconheço! Talvez no novo ano cesse. Apenas uma prece: "Papai Noel vê se não me esquece nesse novo ciclo e por ti suplico: passa uma vez lá em casa!!! Nem que seja para brindar comigo nesse mesmo cálice e de ressaca fale: que o senhor nunca existiu". E a meia que há tanto espera... até já se esvaiu. Mas, não tem de que...Não tem nada não...amanhã já é novo ano e eu para ti reclamo: presentei-me apenas com aqueles tais momentinhos mágicos que por certo em breve tornarão-se clássicos em futuras e bem próximas: ressacas sóbrias!

2 comentários:

sueli aduan disse...

..."Sobre o quê?
Tudo..."


Um grande e belo pensamento nesse texto, gostei!
bjus

Marinês disse...

Obrigada Sú...

bjus