quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Essas visitas!!!!


Dormira um bom sono.
Acordara com o toque do telefone insistente e buzinas no portão reluzentes.
Quem haveria de ser? Essa hora!!!
Isso não são horas de se chegar. Isso não é jeito de se acordar alguém.
No quarto aquela euforia de quem chega.
Pulos na cama. Palavras amorosas.
Fake! Tudo tão fake...
Levanta-se e vai preparar o café. Bela Mesa. Frutas, sucos, café, pão.
Tudo tão "bão".
- E as novidades?
...entre um café e outro.
- Tudo igual!
Olhares pela casa. Cada detalhe observado pela auditoria de dois grandes olhos.
Silêncio!
-Aceita uma fruta?
-Acho que sim." Hum tá boa".
-Obrigada pelo café. Obrigada por tudo. Dá me uma foto. Assim levarei vocês comigo .
coloca-se o retrato na bolsa.
Como se pessoas tivessem significados e significantes apenas na bolsa! No retrato! No cantinho de estante. Pessoas bibelôs.
Segue em direção a porta. Um abraço forte. Um sorriso. Tudo fake!
Entra no carro. E assim junto com ela seguimos a viagem. Na bolsa, na bolsa!
Na lavanderia o não entender a cena.
Tão rápida. Tão pobre. Tão...fria e distante.
Lembra-se da auditoria dos olhos firmes...
Agora esses outros olhos que presenciaram o ínfimo.
Debulham-se em lágrimas.
Lágrimas não fakes...lágrimas doídas , sentidas, amargas.
Estende a roupa no varal.
Molha as plantas e dentre as lágrimas. Há riso pela beleza do verde. Do sincero. Do silêncio.
Banho. Recomposição.
A vida segue adiante.
A esperar uma nova e outra:
Visita !

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